A Bahia se consolidou como o principal palco das festas juninas no Brasil, impulsionada por investimentos robustos do governo estadual e pela força da cultura nordestina. A avaliação é do deputado estadual Robinson Almeida (PT), que, na terça-feira, 24 de junho de 2025, celebrou o sucesso do São João baiano, atribuindo o êxito à gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Em sua análise, o parlamentar destacou a extensa programação cultural que abrangeu todos os territórios do estado, incluindo Salvador, e o impacto econômico e social gerado pela festa, que movimentou o turismo, o comércio e a geração de empregos no interior.
Um São João de alcance estadual
Durante os festejos de 2025, Almeida percorreu cinco municípios — Anguera, Capim Grosso, Muritiba, Cruz das Almas e Dom Macedo Costa —, onde testemunhou a vitalidade das celebrações. “É impressionante como o São João movimenta o comércio, a rede hoteleira, o setor cultural e toda a cadeia produtiva local. O investimento do governo Jerônimo tem sido crucial para fortalecer essa festa, que é a cara do nosso povo”, afirmou o deputado em entrevista ao Acorda Cidade.
O governo estadual, por meio da Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur), destinou recursos significativos para 223 municipalities, viabilizando eventos que combinaram tradição e inovação. Cidades como Irecê, Senhor do Bonfim, Amargosa e Cruz das Almas atraíram milhares de visitantes com programações que incluíram forró pé de serra, quadrilhas, shows de artistas nacionais e feiras de artesanato. Em Salvador, o Pelourinho foi palco de apresentações que resgataram a essência junina, enquanto grandes nomes como Wesley Safadão e Elba Ramalho agitaram praças públicas no interior.
Impacto econômico e cultural
O São João da Bahia é mais do que uma celebração cultural; é um motor de desenvolvimento socioeconômico. Dados preliminares da Secretaria de Turismo do Estado (Setur) indicam que os festejos de 2025 geraram um impacto econômico superior a R$ 1,8 bilhão, com ocupação hoteleira próxima de 90% em polos juninos e a criação de milhares de empregos temporários. “A Bahia transformou o São João em uma ferramenta poderosa de crescimento, atraindo turistas e valorizando nossa identidade”, destacou Almeida.
Para o deputado, a valorização do forró, especialmente o pé de serra, é essencial para manter a autenticidade da festa. “O forró, eternizado por Luiz Gonzaga, é o coração do São João. Precisamos fortalecer esse gênero, os artistas regionais e as raízes da nossa cultura. A Bahia é hoje uma vitrine nacional, e o forró deve ser o anfitrião dos festejos”, defendeu. Ele propôs a criação de um movimento para 2026, envolvendo artistas, poder público e sociedade, para consolidar o gênero como protagonista das festas juninas.
Fortalecimento da tradição
A edição de 2025 destacou-se pela diversidade da programação, que equilibrou atrações nacionais com manifestações culturais locais. Em Cruz das Almas, conhecida como a “Capital do São João”, o festival de espadas, quadrilhas e shows de forró atraíram multidões. Em Irecê, a presença do DJ Alok com forró eletrônico trouxe um público jovem, enquanto Serrinha consolidou sua Arena Marianão como um dos maiores espaços juninos do estado.
O governo estadual também reforçou a segurança, com mais de 280 municípios recebendo apoio de forças policiais, e investiu em infraestrutura, como palcos, iluminação e saneamento, garantindo conforto aos forrozeiros. “A Bahia é referência porque mantém viva a tradição e, ao mesmo tempo, inova. O São João é uma celebração da nossa história, mas também do nosso futuro”, afirmou Almeida.
Desafios e perspectivas
Apesar do sucesso, desafios persistem. Alguns municípios enfrentaram críticas pela divulgação tardia de atrações, e comerciantes cobraram maior planejamento em cidades como Feira de Santana. Almeida reconheceu a necessidade de aprimoramentos, mas destacou o compromisso do governo em ouvir a população. “Para 2026, queremos um São João ainda mais forte, com mais apoio aos artistas locais e um planejamento que envolva todos os setores”, projetou.
A Bahia também enfrenta a concorrência de outros estados nordestinos, como Pernambuco e Paraíba, que investem pesado em seus festejos. No entanto, a escala dos eventos baianos, aliada à diversidade cultural e ao apoio estatal, mantém o estado na liderança. “A Bahia é o berço do São João moderno, e nosso desafio é continuar evoluindo sem perder a essência”, disse o deputado.
Um legado para o futuro
O São João de 2025 reafirmou a Bahia como o epicentro das festas juninas no Brasil, unindo tradição, inovação e desenvolvimento. Para Robinson Almeida, o sucesso da festa é um reflexo do compromisso do governo Jerônimo Rodrigues com a cultura e o povo baiano. “Essa festa é nossa maior expressão cultural. Ela nos conecta às nossas raízes e nos projeta para o mundo. Que venha 2026 com ainda mais forró, fogueiras e alegria”, concluiu.
Com fogueiras acesas e o som da sanfona ecoando, a Bahia celebra não apenas o São João, mas sua capacidade de transformar a cultura em um vetor de união e prosperidade.
