O ex-prefeito de Feira de Santana e médico Colbert Martins Filho expressou profundo pesar pela morte do médium e líder espírita Divaldo Pereira Franco, que faleceu aos 98 anos na terça-feira, 13 de maio de 2025, em Salvador. Franco, natural de Feira de Santana, sucumbiu a complicações de um câncer de bexiga diagnosticado em novembro de 2024, deixando um legado de mais de sete décadas dedicadas ao espiritismo, à filantropia e à disseminação de valores humanitários. Em entrevista na manhã desta quarta-feira, 14 de maio, Colbert revelou a conexão histórica de sua família com o líder religioso e destacou sua relevância global.
Uma ligação familiar e histórica
Colbert compartilhou detalhes pessoais que entrelaçam a trajetória de Divaldo Franco com sua própria família. “Ele nasceu em Feira de Santana pelas mãos do meu avô, Francisco Martins da Silva, médico de família que realizou o parto em 1927. Além disso, Divaldo foi colega de primário do meu pai, Colbert Martins da Silva, também ex-prefeito da cidade”, contou. Essa proximidade reforça o laço indelével entre Franco e Feira de Santana, onde o médium cresceu antes de se tornar uma figura de projeção internacional.

“Feira de Santana, a Bahia, o Brasil e o mundo perderam uma das maiores referências de humanidade em Divaldo Franco. Ele é, sem dúvida, um dos maiores nomes que nossa cidade já produziu, se não o maior”, declarou Colbert, visivelmente emocionado. O ex-prefeito confirmou que estará presente na cerimônia de despedida do líder espírita, marcada para esta semana em Salvador.
Um legado de luz
Divaldo Franco dedicou 70 anos ao espiritismo, tornando-se um dos mais respeitados médiuns psicógrafos do Brasil. Autor de mais de 250 livros, muitos ditados por espíritos, ele também foi um orador carismático, palestrando em dezenas de países e levando mensagens de esperança e caridade. Como filantropo, fundou a Mansão do Caminho, em Salvador, instituição que, desde 1952, já acolheu milhares de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, oferecendo educação, cultura e apoio social.
Em Feira de Santana, Franco foi agraciado com diversas homenagens, incluindo o título de Comendador, recebido ao lado da líder religiosa Irmã Rosa em uma de suas últimas visitas à cidade. “Divaldo não apenas aprendeu, mas ensinou muito mais. Ele foi um conselheiro, um professor, um exemplo de amor ao próximo. Seu legado deve ser seguido por todos nós”, afirmou Colbert.
Impacto e memória
A morte de Divaldo Franco gerou comoção em todo o Brasil e no exterior, com tributos de seguidores, autoridades e personalidades que reconhecem sua influência espiritual e social. Em Feira de Santana, a perda é sentida de forma especial, dado o orgulho local pela trajetória do médium. “Espero que, onde quer que esteja, Divaldo esteja perto da luz, cuidando de nossa cidade e de todos nós”, acrescentou Colbert, reforçando a crença de que o legado de Franco continuará a inspirar gerações.
A prefeitura de Feira de Santana estuda formas de homenagear o líder espírita, com propostas que incluem nomear espaços públicos em sua memória. Enquanto isso, a população se mobiliza para o último adeus, com cerimônias que devem reunir milhares de admiradores em Salvador.
Um farol que não se apaga
Divaldo Franco deixa um vazio, mas também uma herança de lições sobre compaixão, resiliência e espiritualidade. Para Colbert Martins, sua partida é uma oportunidade de reafirmar os valores que ele defendeu. “Perdemos um gigante, mas ganhamos um exemplo eterno. Que Feira de Santana e o mundo sigam iluminados por tudo o que Divaldo nos ensinou”, concluiu.