Ancelotti estreia no comando da Seleção Brasileira contra o Equador em busca de redenção nas Eliminatórias

A Seleção Brasileira inicia uma nova era sob o comando de Carlo Ancelotti nesta quinta-feira (5), às 20h (de Brasília), enfrentando o Equador no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. A partida, transmitida ao vivo pela Globo, SporTV, Globoplay e Rádio Nacional, marca a estreia do técnico italiano, que assume o desafio de recolocar o Brasil no caminho das vitórias após a goleada de 4 a 1 sofrida contra a Argentina, resultado que culminou na demissão de Dorival Júnior. Com 21 pontos e na quarta posição da tabela, uma vitória fora de casa é crucial para consolidar a classificação para o Mundial.

Motivação e visão de Ancelotti

Em sua primeira coletiva como técnico da Seleção, realizada na quarta-feira (4), Ancelotti demonstrou entusiasmo e confiança no projeto. “Treinar o Brasil, uma seleção histórica, é algo muito especial para minha carreira. Vejo nos jogadores uma vontade enorme de vestir a camisa amarela, e isso me dá muita confiança para alcançarmos nossos objetivos”, declarou. O italiano, tricampeão da Champions League com o Real Madrid, enfatizou a necessidade de uma atuação equilibrada contra o Equador. “Precisamos ser completos: atacar com criatividade e defender com solidariedade. Quero uma equipe que lute e jogue unida”, afirmou.

Ancelotti herda um time pressionado por resultados, após um ciclo de instabilidade com passagens curtas de Fernando Diniz e Dorival Júnior. A goleada para a Argentina expôs fragilidades defensivas e falta de coesão, desafios que o novo treinador busca superar com sua experiência em gerir elencos estrelados. A escolha de Guayaquil como palco da estreia adiciona dificuldade, com o Equador, quinto colocado com 18 pontos, apostando na força da torcida e no clima quente para surpreender.

Escalação com novidades

Para sua estreia, Ancelotti optou por uma formação que mescla experiência e juventude, com a possível estreia do zagueiro Alexsandro, do Lille (França), na Seleção. A provável escalação é: Alisson; Vanderson, Marquinhos, Alexsandro, Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães, Gerson; Estêvão, Richarlison, Vinícius Jr. A formação, que sugere um 4-3-3 com variações para um 3-5-2, reflete a intenção de reforçar o meio-campo com jogadores como Bruno Guimarães, do Newcastle, e Gerson, do Flamengo, enquanto aposta na velocidade de Estêvão, promessa de 18 anos do Palmeiras, e no talento de Vinícius Jr., cotado para a Bola de Ouro.

A ausência de Neymar, ainda em recuperação de lesão, e Raphinha, suspenso, abre espaço para jovens como Estêvão, que surpreendeu ao ser escalado como titular. Richarlison, apesar da fase irregular no Tottenham, foi mantido como referência no ataque, enquanto Casemiro e Marquinhos trazem liderança à equipe. A escolha de Alexsandro, que vive grande momento na Ligue 1, sinaliza a confiança de Ancelotti em renovar a defesa, um setor criticado após a derrota para a Argentina.

Contexto e pressão

O Brasil enfrenta as Eliminatórias em um momento delicado, com Argentina (27 pontos) e Colômbia (23 pontos) liderando a tabela. A quarta posição, embora confortável, exige vitórias para garantir a vaga direta ao Mundial de 2026, que será disputado nos Estados Unidos, México e Canadá. A derrota para a Argentina, em novembro de 2024, intensificou as críticas à Seleção, que não conquista um título mundial desde 2002. Ancelotti, contratado pela CBF em janeiro de 2025, tem a missão de resgatar a confiança da torcida e construir um time competitivo para o próximo ciclo.

O Equador, treinado por Félix Sánchez, aposta em jogadores como Moisés Caicedo, do Chelsea, e Enner Valencia, experiente atacante, para explorar as fragilidades brasileiras. A equipe equatoriana, que venceu o Peru por 2 a 0 na última rodada, é conhecida pela solidez defensiva e transições rápidas, especialmente em casa. A altitude de Guayaquil, próxima ao nível do mar, minimiza o impacto físico, mas o calor e a pressão da torcida são desafios adicionais.

Repercussão e expectativas

A estreia de Ancelotti gerou grande expectativa entre torcedores e analistas. A escalação com Estêvão foi celebrada como um sinal de renovação, mas a escolha de Richarlison dividiu opiniões. “Ancelotti está mostrando coragem ao apostar em jovens, mas Richarlison precisa justificar a confiança”, destacou o comentarista André Rizek, do SporTV, no X. A hashtag #AncelottiNaSeleção liderou os trends no Brasil, com memes e mensagens de apoio ao técnico italiano.

A imprensa equatoriana reconhece o favoritismo do Brasil, mas destaca a chance de surpreender. “O Brasil é forte, mas vem de uma crise. Podemos aproveitar”, afirmou o jornal El Universo. A transmissão do jogo, com narração de Galvão Bueno na Globo, deve atrair milhões de espectadores, ansiosos pelo primeiro capítulo da era Ancelotti.

Impacto e projeções

Uma vitória contra o Equador pode marcar um recomeço para a Seleção, consolidando a liderança de Ancelotti e aliviando a pressão antes do próximo jogo contra o Paraguai, na terça-feira (10). A longo prazo, o italiano tem o desafio de preparar o Brasil para a Copa de 2026, onde a expectativa é quebrar o jejum de 24 anos sem títulos mundiais. A estreia em Guayaquil é o primeiro teste de uma jornada que combina reconstrução, talento e ambição, sob o comando de um dos maiores técnicos da história.

Informações do jogo

  • Partida: Equador x Brasil – Eliminatórias da Copa do Mundo 2026
  • Data e horário: 5 de junho de 2025, às 20h (de Brasília)
  • Local: Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, Guayaquil, Equador
  • Provável escalação do Brasil: Alisson; Vanderson, Marquinhos, Alexsandro, Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães, Gerson; Estêvão, Richarlison, Vinícius Jr.
  • Transmissão: Globo, SporTV, Globoplay, Rádio Nacional

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