A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) realizou, nesta semana, uma audiência pública para discutir os serviços prestados pela Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) na região Oeste do estado. O evento, que reuniu parlamentares, representantes da concessionária, autoridades locais e moradores, teve como objetivo principal ouvir as demandas da população e cobrar melhorias na oferta de energia elétrica, essencial para o desenvolvimento econômico e social da região.
A audiência foi proposta diante de recorrentes reclamações sobre interrupções no fornecimento de energia, demora no atendimento a chamados e falhas na infraestrutura da rede elétrica em cidades do Oeste baiano. A região, conhecida por sua forte vocação agropecuária e pelo crescimento populacional, enfrenta desafios que impactam diretamente a produção rural e a qualidade de vida dos moradores.
Durante o debate, deputados estaduais destacaram a necessidade de maior transparência e eficiência por parte da Coelba. “O Oeste é um dos motores econômicos da Bahia, mas a energia elétrica, que deveria ser um suporte, tem se tornado um obstáculo. Precisamos de respostas concretas e soluções efetivas”, afirmou um dos parlamentares presentes, que preferiu não ser identificado antes da publicação oficial do relatório da audiência.
Representantes da companhia foram convocados para prestar esclarecimentos e apresentar planos de investimento na modernização da rede elétrica local. Entre os pontos levantados pela população, estão a frequência de quedas de energia em períodos chuvosos, a demora na religação após apagões e a falta de manutenção preventiva em áreas rurais. “A gente fica dias sem luz, e isso prejudica desde o armazenamento de alimentos até a irrigação das lavouras”, relatou um agricultor da região durante o espaço reservado às falas da comunidade.
A audiência também abriu espaço para discutir a relação entre os serviços da Coelba e o desenvolvimento sustentável do Oeste baiano. Lideranças locais cobraram mais diálogo entre a concessionária e os municípios para alinhar as demandas do setor produtivo com as prioridades da população. “Energia confiável é um direito básico e uma condição para o crescimento. Não dá mais para conviver com esse descaso”, pontuou um prefeito da região, cuja identidade será confirmada no documento final do evento.
Ao final da sessão, a ALBA anunciou que as discussões serão compiladas em um relatório a ser encaminhado à Coelba e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pela fiscalização do setor. O documento deve incluir recomendações para aprimorar o atendimento e os investimentos na infraestrutura elétrica do Oeste da Bahia. A expectativa é que a iniciativa pressione a concessionária a adotar medidas concretas e dê voz às reivindicações de uma região que clama por atenção.
Enquanto as soluções não chegam, os moradores e produtores do Oeste seguem na expectativa de que o debate na ALBA seja o primeiro passo para transformar a energia elétrica de entrave em aliada do progresso local. O posicionamento oficial da Coelba sobre as críticas e os próximos passos deve ser aguardado nos dias seguintes à audiência.
