O jovem cantor Rafa Diniz, de apenas 22 anos, morreu afogado na tarde desta sexta-feira (21) na Ilha do Fogo, ponto turístico entre Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), enquanto nadava no Rio São Francisco. O artista, que se preparava para gravar seu novo EP visual “Resenha na Ilha” no domingo (23), deixou esposa, duas filhas e uma legião de fãs em luto. A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da tragédia.
Segundo o produtor Jhonny Silva, Rafa estava animado com o projeto e aproveitava o dia na ilha para estudar o cenário da gravação. Ele decidiu pular de uma pilastra da Ponte Presidente Dutra, um salto que realizou com sucesso na primeira tentativa. Ao retornar nadando para repetir o mergulho, porém, o cantor enfrentou dificuldades e acabou se afogando. Equipes de resgate foram acionadas, mas ele não resistiu e faleceu no local.
Carreira promissora interrompida
Natural de Petrolina, Rafa Diniz tinha três anos de carreira no cenário do arrocha, gênero que o consagrou na região do Vale do São Francisco. Com sete discos lançados, o artista acumulava sucessos como “E Agora Sonho Meu” (2025), “Aliança” (2025), “Plantão no Boteco” (2024) e “Mulher Segura” (2023), que ecoavam em bares e festas locais. Sua voz marcante e letras sobre amores e cotidiano conquistaram um público fiel, projetando-o como uma promessa da música nordestina.
Despedida em Petrolina
O velório de Rafa está marcado para a tarde deste sábado (22), na casa do cantor, no bairro Ouro Preto, em Petrolina, onde amigos, familiares e fãs poderão se despedir. O sepultamento está agendado para domingo (23), às 9h, no Cemitério Campo das Flores, na mesma cidade, coincidindo com o dia em que ele gravaria o EP que planejava lançar como um marco em sua trajetória.
Luto e investigação
A morte de Rafa Diniz chocou a comunidade local e o meio artístico. Nas redes sociais, mensagens de pesar destacam a alegria e o carisma do jovem cantor. “Ele era um talento puro, sempre com um sorriso no rosto. É uma perda irreparável”, lamentou Jhonny Silva, visivelmente abalado. Enquanto a polícia investiga se fatores como correnteza ou cansaço contribuíram para o afogamento, a família pede privacidade para lidar com a dor.
Rafa deixa um legado precoce, mas significativo, no arrocha baiano. Sua partida interrompe uma carreira em ascensão e silencia uma voz que ainda tinha muito a cantar. Em Petrolina, a Ilha do Fogo, que seria palco de sua próxima conquista, agora fica marcada pela tristeza de um adeus inesperado.