Corinthians empata com Palmeiras, vence Paulistão e celebra 31º título em casa com a Fiel

O Corinthians encerrou um jejum de quase seis anos e voltou a erguer a taça do Campeonato Paulista na noite desta quinta-feira, na Neo Química Arena. Após empate sem gols com o Palmeiras, em uma partida marcada por tensão, expulsões e uma atuação inspirada do goleiro Hugo Souza, o Timão garantiu o título no placar agregado – graças à vitória por 1 a 0 no jogo de ida, com gol de Yuri Alberto. Diante de 48.932 torcedores, recorde de público na temporada, a Fiel lotou as arquibancadas e transformou o estádio em um caldeirão para comemorar o 31º troféu paulista da história do clube.

O jogo foi um teste de nervos para ambos os lados, com o segundo tempo concentrando os momentos mais quentes. Aos 22 minutos, o zagueiro corintiano Félix Torres cometeu pênalti em disputa de bola com Vitor Roque, do Palmeiras. A jogada gerou revolta no Verdão, que pediu a expulsão do defensor – já amarelado –, mas o árbitro manteve apenas a marcação da penalidade. Na cobrança, Raphael Veiga parou nas mãos de Hugo Souza, que voou no canto direito para salvar o Timão e incendiar a torcida. À beira do campo, o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, protestou veementemente, recebeu cartão amarelo e, minutos depois, foi expulso por reclamações excessivas.

Aos 27 minutos, Félix Torres acabou expulso após nova falta sobre Vitor Roque, deixando o Corinthians com um jogador a menos. Nos acréscimos, a temperatura subiu ainda mais: Memphis Depay, camisa 10 alvinegro, pisou na bola ao cobrar uma falta na linha de fundo, irritando Vitor Roque. O que começou como uma discussão entre os dois escalou para uma confusão generalizada em campo, com direito a agressões. Após análise do VAR, o árbitro expulsou o goleiro reserva palmeirense Marcelo Lomba, por um tapa no rosto do volante Jose Martinez, e o próprio Martinez, por revidar. Nas arquibancadas, sinalizadores foram acesos, e a fumaça tomou o estádio. Com tantas interrupções, o jogo se estendeu até os 108 minutos.

Domínio no primeiro tempo e chances perdidas

No primeiro tempo, o Corinthians ditou o ritmo. Bem postado na defesa, o time alvinegro neutralizou as investidas do Palmeiras, que precisava de pelo menos um gol para levar a decisão aos pênaltis. A melhor chance veio aos 26 minutos: Memphis Depay encontrou Garro na esquerda, e o meio-campista soltou uma bomba de fora da área que explodiu na trave de Weverton, levantando a torcida.

Após o intervalo, o Palmeiras voltou mais agressivo. Logo aos quatro minutos, Raphael Veiga deixou Vitor Roque na cara do gol, mas o atacante furou o chute. Mais tarde, aos 22, o mesmo Vitor Roque foi derrubado por Félix Torres na área, originando o pênalti defendido por Hugo. Nos acréscimos, o Corinthians quase selou a vitória: Memphis acionou Yuri Alberto, que, frente a frente com Weverton, finalizou em cima do goleiro palmeirense.

Festa da Fiel e fim do jejum

Ao apito final, a Neo Química Arena explodiu em festa. O título marca o fim de um hiato de quase seis anos sem conquistas estaduais – o último havia sido em 2019. Para o Corinthians, o 31º Paulistão reforça sua hegemonia no torneio e reacende a paixão de uma torcida que não mediu esforços para apoiar o time. Já o Palmeiras, que buscava o tricampeonato consecutivo, viu o sonho escapar em uma noite de emoções intensas e polêmicas.

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