Fornecedores da Goldwind planejam parque fabril de energia renovável na Bahia

A Goldwind, maior fabricante de aerogeradores do mundo, está pavimentando o caminho para consolidar a Bahia como um hub de energia renovável nas Américas. Após inaugurar sua primeira fábrica fora da China em Camaçari, em 2024, a empresa chinesa agora planeja triplicar sua capacidade produtiva no estado. Em um passo estratégico, sete fornecedores da Goldwind manifestaram interesse em instalar um parque fabril na Bahia, iniciativa que promete reduzir custos, aumentar a competitividade e impulsionar o desenvolvimento tecnológico regional. O anúncio foi destaque durante uma reunião realizada nesta terça-feira, 13 de maio de 2025, na sede da empresa, em Pequim, com a presença do governador Jerônimo Rodrigues.

Reunião em Pequim: um marco para a Bahia

O encontro reuniu dirigentes das sete empresas fornecedoras da Goldwind, que apresentaram suas experiências e reiteraram o entusiasmo em investir na Bahia. O governador Jerônimo Rodrigues destacou as vantagens competitivas do estado, como infraestrutura portuária, incentivos fiscais e mão de obra qualificada, para atrair os investimentos. “Foi uma reunião extremamente produtiva. Há um interesse genuíno dessas empresas em se instalarem na Bahia, e vamos trabalhar, em parceria com o Governo Federal, para viabilizar isso o mais rápido possível, gerando empregos, renda e inovação”, afirmou Rodrigues.

A unidade da Goldwind em Camaçari, que já responde por uma fatia significativa do mercado nacional de turbinas eólicas, projeta alcançar entre 25% e 30% de participação no setor nos próximos anos. A criação de um parque fabril integrado por fornecedores deve baratear a produção local, fortalecendo a posição da empresa no Brasil e abrindo portas para exportações para as Américas.

Impacto econômico e sustentável

Paulo Guimarães, presidente da BahiaInveste, destacou o potencial transformador do projeto. “A chegada desses fornecedores não apenas tornará os equipamentos da Goldwind mais competitivos, mas também incentivará novos investimentos da empresa na Bahia, como a produção de hidrogênio verde e metanol renovável, áreas em que a Goldwind já é referência na China”, explicou. Esses avanços posicionam o estado como um polo de inovação em energias limpas, alinhado às metas globais de descarbonização.

A fábrica de Camaçari, primeira incursão internacional da Goldwind, já é um marco para o desenvolvimento sustentável na Bahia. Desde sua inauguração, a unidade tem gerado empregos diretos e indiretos, além de atrair atenção para o potencial do estado no setor de energia renovável. Fundada em 1998, a Goldwind emprega mais de 6 mil pessoas globalmente e registrou, em 2024, uma receita de aproximadamente US$ 7,82 bilhões, com destaque para a fabricação de turbinas, operação de parques eólicos e serviços associados.

Contexto e perspectivas

A iniciativa reflete o esforço do governo baiano em posicionar o estado como destino prioritário para investimentos internacionais. A Bahia já abriga outros projetos no setor de energia renovável, como parques eólicos e solares, e a consolidação de um ecossistema industrial em torno da Goldwind pode atrair mais players do mercado global. Além disso, a produção de hidrogênio verde, mencionada por Guimarães, alinha-se à crescente demanda por combustíveis alternativos, com potencial para exportação.

Para a população local, o projeto promete benefícios concretos, como a criação de empregos qualificados e o fortalecimento da economia regional. No entanto, desafios como a infraestrutura logística e a capacitação de mão de obra ainda precisam ser endereçados para garantir o sucesso do parque fabril.

Um passo rumo à liderança em energia limpa

A parceria entre a Goldwind, seus fornecedores e o governo baiano sinaliza um futuro promissor para a Bahia no cenário global de energias renováveis. Com a possibilidade de novos investimentos em tecnologias de ponta, como hidrogênio verde, o estado está se posicionando não apenas como um centro de produção, mas como um protagonista na transição energética. A reunião em Pequim foi apenas o primeiro passo de uma jornada que pode transformar a Bahia em um modelo de desenvolvimento sustentável e inovação.

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