O tão aguardado Hospital Municipal de Feira de Santana será construído na Avenida Maria Quitéria, em um terreno que antes abrigava a Associação de Proteção à Infância (API). O anúncio foi feito pelo prefeito José Ronaldo (União Brasil) durante evento na manhã desta terça-feira (15). A unidade, que será 100% gratuita e integrada ao Sistema Único de Saúde (SUS), será erguida sob o modelo de parceria público-privada (PPP), com estudos conduzidos pela renomada Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp).
A escolha do novo endereço marca o fim de especulações sobre o uso da área da antiga Secretaria de Saúde, no bairro Estação Nova, onde as obras estão paralisadas desde a gestão anterior. Segundo Ronaldo, a decisão pela Av. Maria Quitéria foi motivada pela localização estratégica e pelo potencial do terreno, que já pertence à prefeitura. “Passando pela avenida, pensei: ‘Que área incrível!’ Conversei com o secretário Carlos Brito, e ele confirmou que o terreno já era nosso. Analisamos e vimos que é ideal”, relatou o prefeito.
Um sonho em construção
Para José Ronaldo, a construção do hospital é um marco pessoal e político. “Será um dos momentos mais memoráveis da minha trajetória”, afirmou, destacando o compromisso com um atendimento de excelência pelo SUS. Para garantir a viabilidade do projeto, a prefeitura contratou a Fesp, que realizará estudos preliminares ao longo de seis meses. A fundação, reconhecida por sua expertise em PPPs e com atuação em projetos nacionais e internacionais, trará uma equipe de doutores e professores para planejar a unidade.
Rafael Castilho, coordenador de projetos da Fesp, enfatizou a relevância do estudo para evitar contratempos. “Nosso papel é fornecer dados e modelagens que embasem a decisão da prefeitura, garantindo um projeto sólido e sustentável”, explicou. Ele destacou a experiência da fundação em iniciativas semelhantes, como o hospital municipal de Barreiras, mas reconheceu o desafio maior em Feira, a segunda maior cidade da Bahia. “Estamos comprometidos em entregar um trabalho que atenda às expectativas da população”, assegurou.

Desafios e parcerias
Apesar do entusiasmo, Ronaldo admite que o projeto é complexo e exige articulação com os governos estadual e federal para assegurar recursos e operação futura. “Queremos fazer com profissionalismo. Um hospital desse porte precisa do apoio das três esferas de governo”, declarou, expressando confiança no sucesso da iniciativa. “Com fé, será um grande hospital.”
O estudo da Fesp analisará a capacidade econômica do município, modelos jurídicos e boas práticas nacionais, oferecendo à administração municipal um panorama claro para a execução do projeto. A fundação não participará da construção, mas seu trabalho será crucial para definir os rumos da obra, que promete transformar o atendimento à saúde em Feira de Santana.
A população aguarda com expectativa os próximos passos, enquanto a prefeitura reforça seu compromisso com uma saúde pública acessível e de qualidade.