Em um movimento para reestruturar a cúpula da Segurança Pública da Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) revelou, na tarde desta segunda-feira (24), uma série de mudanças nos comandos da Polícia Militar (PM-BA), do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e do Departamento de Polícia Técnica (DPT). As nomeações, anunciadas em coletiva de imprensa, integram um pacote de medidas estratégicas do governo estadual para ajustar a gestão das forças de segurança e enfrentar os desafios crescentes na área, em meio a expectativas de reforço federal prometido pelo presidente Lula.
Na Polícia Militar, o coronel Paulo Coutinho deixa o posto de comandante-geral após seu período à frente da corporação. Para substituí-lo, foi escolhido o coronel Antonio Carlos Silva Magalhães, que assume com a missão de liderar os mais de 30 mil integrantes da PM-BA em um cenário marcado por demandas por redução da violência. O subcomando-geral será ocupado por Antônio do Nascimento Lopes, reforçando a nova estrutura da instituição.
O Corpo de Bombeiros também passa por renovação. O coronel Adson Marchesini entrega o comando ao coronel Aloísio Mascarenhas Fernandes, que terá o desafio de ampliar as ações preventivas e de resposta a emergências no estado. José Antônio de Araújo Reis assume como subcomandante-geral, completando a nova liderança da corporação.
Na Polícia Civil, a delegada-geral Heloísa Brito dá lugar ao delegado André Viana, que chega com a tarefa de fortalecer as investigações criminais e intensificar o combate ao crime organizado. A delegada Márcia Pereira dos Santos foi nomeada como adjunta, trazendo experiência para apoiar a gestão da instituição.
Já o Departamento de Polícia Técnica (DPT) terá como novo diretor o perito criminal Osvaldo Silva, que substitui Ana Cecília Cardoso Bandeira. Com um histórico sólido na área pericial, Silva deixa o cargo de chefe de gabinete do DPT para assumir a liderança, tendo Maurício dos Santos Mendes como diretor-geral adjunto.
Estratégia e contexto nacional
As mudanças, segundo Jerônimo Rodrigues, refletem uma combinação de critérios técnicos e a necessidade de “oxigenar” as forças de segurança, preparando o terreno para possíveis investimentos federais. “Estamos alinhados a um movimento nacional, aguardando um aporte mais robusto do presidente Lula na segurança pública. Isso é essencial, e nós estamos ajustando o ambiente aqui para minimizar desgastes e avançar com essa renovação nas quatro áreas”, declarou o governador na coletiva.
A expectativa de colaboração com o governo federal surge em um momento em que a Bahia busca intensificar políticas de combate à criminalidade, com foco em integração entre as forças e modernização das estruturas de segurança. As nomeações entram em vigor imediatamente, mas o impacto prático das trocas será acompanhado de perto por especialistas e pela população, que aguardam resultados concretos em um setor tão sensível para o cotidiano do estado.