Prefeitos baianos buscam apoio em Brasília para combater crise da seca

Uma comitiva de prefeitos da Bahia, liderada pelo presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Wilson Cardoso, reuniu-se com o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, na quarta-feira (23), em Brasília, para pleitear medidas urgentes contra os impactos da seca no estado. Com 92 municípios em situação de emergência devido à estiagem prolongada, a Bahia enfrenta uma crise que ameaça a subsistência de comunidades rurais.

Os gestores solicitaram ações emergenciais, como distribuição de água potável, limpeza de barreiros, perfuração de poços artesianos, além do fornecimento de cestas básicas e ração para o gado, essencial para a economia local. Para dar continuidade às discussões, uma nova reunião foi agendada para esta quinta-feira (24) com representantes da Defesa Civil Nacional, do Exército Brasileiro e técnicos do ministério, visando definir estratégias práticas de enfrentamento.

Articulação política e pautas municipalistas

A mobilização contou com o apoio dos senadores baianos Otto Alencar e Ângelo Coronel, que reforçaram a articulação em Brasília. Além da crise hídrica, os parlamentares abordaram questões como a dívida previdenciária dos municípios e o respaldo à PEC 66/2023, que propõe um novo Refis para aliviar o endividamento. A redução da alíquota do INSS paga pelas prefeituras, prevista na PEC 05/2025, também esteve na pauta, com potencial para melhorar a saúde financeira das gestões locais.

Na parte da manhã, a comitiva participou de encontro com técnicos da Confederação Nacional de Municípios (CNM), onde discutiu a pauta municipalista baiana e estratégias para a XXVI Marcha a Brasília, marcada para maio. O evento, que reúne gestores de todo o país, será uma oportunidade para ampliar as demandas por recursos e políticas públicas voltadas ao interior.

Um estado em alerta

A seca, que já afeta milhares de famílias, expõe a vulnerabilidade de regiões dependentes da agricultura e pecuária. A resposta coordenada entre prefeituras, governo federal e forças armadas será crucial para mitigar os impactos e garantir assistência à população. A UPB e os prefeitos baianos seguem mobilizados, cobrando ações rápidas e estruturantes para enfrentar a crise e prevenir novos colapsos hídricos no futuro.

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